sábado, 12 de dezembro de 2009

Narrativa Nível III

1º lugar

colégio Cenecista Felipe Tiago Gomes
Cidade: Novo Hamburgo
Nome do aluno: João Henrique Umpierre dos Santos
Professora: Maria Anita Siebel

A Morte dos Pampas
Há uma historia perdida pelo tempo nos Pampas gaúchos de São Gabriel na divisa com Lavras do Sul, na qual se conta sobre um fato estranho de uma mulher enforcada, que matara seus filhos misteriosamente, e levava o apelido de A-mulher-de-má-sorte.
A história começa com uma mulher que teve três maridos. Com o primeiro não teve filhos. Com o segundo teve quatro abortos, mas com o terceiro finalmente teve filhos, mais precisamente, dois. O primeiro marido morreu após um ano de casamento em uma briga de bar. O segundo desapareceu após seis meses, em uma tarde normal como outra qualquer. O terceiro após duas semanas do nascimento de seu segundo filho morreu de uma peste desconhecida, até hoje sem solução.
Crescendo em meio a histórias sobre A-mulher-de-má-sorte, que diziam ter matado seus três ex-maridos, os jovens garotos eram muito assustados. Os meninos eram conhecidos como “Os Filhos da Morte”, pois eram grandes e fortes como touros, ágeis como cobras, inteligentes como corujas e rápidos como coelhos, mas o apelido dava-se à misteriosa e apavorante capacidade de não sofrerem lesão.
Um caso curioso, foi quando ainda tinham nove e dez anos de idade e brincavam embaixo de um antigo trem, que sofrera um acidente e descarrilara sobre um penhasco. Um dia, os dois garotos estavam debaixo dos escombros e uma viga de metal que sustentava o trem no ar cedeu e o trem caiu sobre os garotos, os prendendo embaixo das ferrugens, sem comida ou água. O incrível foi que nenhum dos irmãos sofrera um arranhão sequer, e após serem encontrados só pediram um copo de água cada um, tudo isso na semana mais quente já vivida ou registrada por um morador dos Pampas.
Os garotos cresceram e se tornaram capatazes de um senhor de terras e criador de cavalos. Quem estivesse na presença de ambos à sorte favorecia. Ninguém nunca se machucara na presença de ambos, mas quando estavam separados sempre aconteciam desgraças, acidentes trágicos e mortes. Em um destes acidentes aconteceu a morte do filho do grande fazendeiro, que, furioso e fora de si, mandou que executassem o irmão mais novo que estava presente quando tudo aconteceu. Levaram o rapaz, o então assassino, para uma pequena floresta, um capão, como é chamado naquela região, e lá houve algo surpreendente, o jovem irmão matou os oito homens responsáveis pelo serviço. Sem saber o que fazer foi para casa e chegando lá viu seu irmão brigando com sua mãe dizendo que ela era responsável por tudo que os irmãos haviam feito para as outras pessoas sem intenção de machucar, mas que infelizmente machucavam quando separados. Logo depois os irmãos fugiram.
Em meio à fuga o mais novo decidiu que devia fazer algo, achou, como seu irmão, que a mãe era culpada por tudo e decidiu por um fim em tudo;
Quando chegaram em casa era noite e não se ouvia nada. Entraram em casa e foram para o quarto onde a vítima estava. Ao lado da cama o mais novo levantou uma espada, que fora dada por seu avô, enquanto o outro segurava um velho rifle, também ganho do avô, o qual morrera lavrando, pisado pelas vacas que puxavam o mecanismo. E quando iriam matar a mãe, que estava na cama toda enrolada em um cobertor, ouviram um grito ensurdecedor vindo do lado de fora da janela, que por sua vez estava aberta. Então a lua saiu de trás das nuvens escuras e iluminou o campo e então viram a mãe, viram a responsável pelo grito e ela disse:
- Hoje meus filhos tentam me matar. Amanhã eu os matarei.
Os dois irmãos alucinados pularam a janela e foram atrás da mãe. Eles a viram flutuar de frente para eles, mas sempre se afastando mais e mais. Quando já era dia, eles desistiram e foram buscar auxilio na casa de um primo por parte de pai.
Quando o irmão mais novo saiu para buscar os cavalos e os por no galpão apareceu-lhe a mãe, desfigurada e com ódio nos olhos. Minutos depois seu primo e irmão o encontraram preso em meio aos ganchos de abate de gado com o peito cortado em forma de cruz de cabeça para baixo.
Aterrorizado o irmão mais velho decidiu fugir para nunca mais voltar e galopando pela estrada avistou na coxilha da morte, sua mãe. Foi até lá a galope com seu cavalo e quando chegou lá empinou e jogou o cavalo contra a única árvore que no alto do monte se encontrava. Era uma arvore gigantesca com espinhos do tamanho de um polegar. Na árvore, chamada “Mamica de Cadela” o irmão mais velho estava grudado pelos seus enormes espinhos, morto e irreconhecível pelos cortes feitos em todo o corpo.
Mas o fato mais assustador desta historia veio depois. Após não agüentar a dor de ter matado seus filhos, “A-mulher-de-má-dorte” se enforcou na árvore de grandes espinhos, onde seu segundo filho havia morrido, sem nenhuma escada para auxiliar na subida e sem nenhum arranhão a mulher subira cinco metros até o galho mais baixo onde amarrou a corda para o suicídio.
Com um sorriso debochado e sarcástico no rosto, a mulher que estava nua, havia deixado um bilhete ao pé da árvore, no qual dizia: “Em fim a morte morre.”. após todo aquele ocorrido, ninguém mais nos pampas morreu em um acidente misterioso e que desafiava a realidade.
Essa historia foi vivenciada por meu bisavô, primo dos “Filhos da Morte”. Após tudo isso há quem diga que a mulher, a que matara os filhos, era a própria Morte em pessoa.

2º lugar
Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Terezinha
Cidade: Rolante
Aluno: Aline Melo de Almeida
Professor: Alexandre André Benetti
Jorge o gay gaudério
Um certo dia, uma mulher da cidade de Novo Hamburgo deu a luz a um lindo menino, mas havia um único problema a mulher achava que riria dar a luz a uma menina.
Como esta mulher já havia comprado roupas rosas, ela, então, colocava em Jorgy roupas rosas, como: calças e blusas.
Ao decorrer dos anos, Jorgy continuou usando roupas rosas, mas não saias e vestidos, pois seus colegas riam dele. Mas ele ficava mais a vontade que bugio em mato de boa fruta com estas roupas, pois a cor preferida de Jorgy é rosa.
Sua mãe ficava meio desconfiada, mas fazer o que se o menino gostava de rosa? Mas seu pai ficava mais assustado que velha em canoa quando via o menino todinho de rosa, até o cabelo.
Seu pai estava mais sério que defunto quando disse:
- Filho meu tem que ser tradicional como embalagem de Maizena.
Neste mesmo momento, Jorgy foi ao seu quarto aos prantos e sua mãe foi atrás. Jorgy perguntou a sua mãe se ela podia fazer uma festinha e que todos viessem de gaúchos e sua mãe respondeu que sim, que iria organizar uma festinha.
Uma semana depois, no sábado, a festa estava começando, após todos convidados os chegarem Jorgy fez uma grande entrada. Mas estava mais nervoso que potro com mosca no ouvido.
Quando seu pai o viu ficou muito nervoso pois a cor da bombacha de Jorgy era rosa. Pior ainda foi quando Jorgy tirou um amiguinho para dançar. Neste momento seu pai desmaiou, mas pouco tempo depois ele estava bem.
Após oito anos, Jorgy criou coragem para revelar aos seus pais que era gay gaudério.
Quando Jorgy foi revelar seu segredo aos pais, estava atrapalhado que nem sapo em cancha de bocha. Mas, mesmo assim, ele revelou aos seus pais seu segredo. Seus pais que já tinham percebido há muito tempo nem se assustaram.
Jorgy ficou faceiro como passarinho velho em gaiola nova e convidou seus pais para irem a seu apartamento e já avisou que sua cuia, bomba e chaleira são rosas.

3º lugar

Escola Municipal Padre Manoel da Nóbrega
Cidade: Riozinho
Nome do Aluno: Josiane do Santos Brito
Professora: Délcia Fagundes Smaniotto

A Jovem
Era uma sexta-feira treze, quando uma jovem muito medrosa resolveu ir com sua amiga a um baile que iniciaria às vinte e três horas e trinta minutos. Ela arrumou-se toda, pois sentia que a noite lhe reservava algo. Ao entrar no salão sentiu um calafrio em todo o corpo. Assustada, comentou com sua amiga, então sua colega disse que ela deveria tomar cuidado, pois poderia ser o demônio. Ela ficou apavorada. Sentou-se em um canto enquanto sua amiga foi dançar. Estava ali, refletindo, quando se aproximou dela um lindo rapaz que gentilmente convidou-a para dançar. Ela aceitou o convite e juntos bailaram a noite toda. A menina sentia-se totalmente enfeitiçada pelo moço. Já eram altas horas da madrugada quando o rapaz a convidou para irem conversar num lugar mais reservado.
Ela ficou tão emocionada que nem pensou muito e foi logo dizendo que sim. Foram, então, para o lugar combinado, lá ficaram entre abraços e beijo. De repente, a menina sentiu um vento frio gelando o seu corpo e ao mesmo tempo, escutava gargalhadas que diziam: “você caiu na minha armadilha”. Ela resolveu ir embora e pediu que ele a levasse para casa. Se despediram no portão. A moça foi direto para o quarto e parando em frente ao espelho percebeu que o rapaz tinha deixando varias marcas de sangue em seu corpo. Assustada ela deitou na cama, mas não pregou o olho a noite toda.
No outro dia bem cedinho, foi até a casa dele para saber sobre as manchas em seu corpo e para sua surpresa descobriu que o rapaz com quem passara a noite já era falecido há três meses e, pior ainda, soube também que as marcas eram o sinal de que de agora em diante ela pertencia ao diabo e dentro de três meses iria para o inferno.

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